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Cromo Duro

O cromo duro pode ser utilizado em peças novas e desgastadas. Quando aplicado em peças novas, os benefícios são a melhora do desempenho e o aumento da durabilidade. No caso de peças desgastadas, o revestimento promove sua completa restauração, fazendo com que elas readquiram as condições técnicas de uso, medidas e qualidade de superfície que tinham originalmente. O processo de cromagem pode ser repetido sempre que necessário. Trata-se de uma alternativa econômica que evita a substituição de peças.

Revestimento de cromo duro é um tratamento eletrolítico de superfície que confere excelentes propriedades de resistência física e mecânica. O processo ocorre quando o elemento químico Cromo (Cr2O3) + (H2SO4) é depositado eletroliticamente sobre metais ferrosos ou não-ferrosos a partir de eletrólitos aquosos, criando camadas microfissuradas.

O critério utilizado para definir a espessura da camada de cromo duro a ser aplicada em uma peça é a observação de suas características de uso, como propriedades de resistência mecânica, térmica, química, atmosférica e dureza.
Normalmente, a espessura das camadas varia entre 0,01mm e 0,05mm, dependendo de sua aplicação. Em casos especiais, pode-se aplicar camadas mais espessas, pois o processo de aplicação apresenta capacidade para realizar esse procedimento. No entanto, por razões técnicas e econômicas, não são aconselháveis revestimentos superiores a 0,30 mm.

Camadas de cromo utilizadas em algumas aplicações:

Chapas0,03mm a 0,05mm
Cilindros0,02mm a 0,05mm
Matrizes0,01mm a 0,05mm
Hastes hidráulicas0,025mm a 0,07mm
Peças de recuperação0,10mm a 0,30mm


Características técnicas:

– Alta dureza (não gera tensões ou empenamento na peça) –
a alta dureza dos eletrodepósitos de cromo duro é reconhecida pela indústria em razão dos valores obtidos, 58 a 64 HRC (cromo duro convencional);

– Resistência ao desgaste e à abrasão –
testes revelam que o aço revestido com cromo duro apresenta, em média, oito vezes mais resistência ao desgaste. Além disso, o metal possui baixa energia superficial;

– Baixo poder aglutinante e umedecedor –
faz com que o cromo seja repelente a água, pinturas e óleos;

– Baixo coeficiente de fricção –
apresenta significativa queda na energia consumida, o que torna suas aplicações apropriadas na engenharia;

– Resistência à corrosão –
a resistência do cromo duro em relação à corrosão é resultado da formação de uma fina película de óxido extremamente estável, que protege a peça de uma oxidação posterior. O cromo duro mostra-se resistente a maioria dos gases, ácidos e álcalis;

– Resistência a altas temperaturas –
o cromo duro é resistente aos efeitos da temperatura, pois o leve amolecimento do metal mantém a propriedade anticorrosiva. A dureza é ligeiramente reduzida no limite de 400º C. Acima desta temperatura, ocorre um progressivo amolecimento; de 560 HV a 700º C. Quando atinge 1200º C, a dureza diminui até a do cromo puro, que é de 382 HV;

– Baixo coeficiente de atrito –
permite a redução de lubrificantes devido à sua característica de alta repelência, pois não gera a adesão de partículas;


Materiais que podem ser cromados normalmente:

Grande parte dos tipos de aço (aço carbono, aço níquel, aço níquel cromo, aço inoxidável e aço fundido) e níquel-cromo. Materiais que devem ser cromados com procedimentos especiais:

Ferro fundido nodular, peças para bi-cromar, peças nitretadas, aços com tratamento térmico peças à base de liga de cobre, latão, alumínio, etc.

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Propriedades físicas da camada de cromo duro:

DensidadeCondutividade térmica
7,2 g/cm30,165 Cal/cm2 a 20º C
Temperatura de fusão Coeficiente de dilatação
1,800º C0,8 X 10ˉ ºCˉ¹
Dureza Módulos de elasticidade
900 a 1100 HV15.000 kg/mm²
Condutividade elétricaCapacidade de reflexão
20.000 Ohm ˉ¹/ cmˉ¹Até aproximadamente 90%

Atuação nas indústrias:
Mecânica, petroquímica, alimentícia, farmacêutica, têxtil, plástico, vidro, química, gráfica, agrícola, petróleo e gás, couro, calçadista, papel e celulose, siderúrgica, borracha, madeireira, automobilística, mineração, embalagens, aviação, aeroespacial, cerâmica, naval, ótica, trefilação, etc.